A Bárbara Guimarães "não tem jogado no campo certo"

Com a SIC em baixa, Bárbara Guimarães sofre na pele. Os últimos programas que apresentou estão longe do sucesso de outros tempos. Mas há quem diga que a estrela é a menos culpada...
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Celebrizou-se a apresentar o Chuva de Estrelas, mas hoje em dia está longe de conquistar o público com os seus programas. Bárbara Guimarães, que foi apresentada na passada terça-feira como embaixadora da UNICEF, "não deixou de agradar ao público", segundo Emídio Rangel, antigo director da SIC, o problema "são os formatos que ela apresenta". Fracasso atrás de fracasso. Um perigo para Bárbara enquanto profissional de comunicação. "É arriscado porque acaba por emprestar o seu nome e imagem a um fracasso. Ela também faz parte do fracasso", sustenta Emídio Rangel, que a levou para o canal após passagem da apresentadora pela TVI. Tudo começou com na era de Francisco Penim, director de programas do canal na altura, com o Exclusivo SIC (2006), que acabou doze semanas depois de estar no ar por falta de audências, e apenas recuperou alguns espectadores com a Família Superstar, mas poucos.

O insucesso agravou-se com o último programa, M/F: Sarilhos em Casa!, que conquistou pouco mais de 500 mil espectadores em média por emissão. Bárbara desvaloriza as audiências "porque a televisão é um laboratório de experiências", mas os resultados estarão a causar algum mal-estar nos corredores da SIC. Do canal ninguém comenta. O certo é que Bárbara continua a ter um lugar seguro na estação de Francisco Pinto Balsemão, de quem é próxima. O dono da SIC nunca escondeu que tem uma forte admiração pela apresentadora e vice-versa. Francisco Penim foi um dos ex-directores de programas do canal que testemunharam essa amizade. "Na minha altura havia uma proximidade grande. É natural que uma estrela SIC tenha mais proximidade com ele. Tal como a Fátima (Lopes). Como patrão interessado dá sempre a sua opinião e os nomes das pessoas passam pelo seu crivo", afirma. Muita tinta já correu na imprensa sobre o casamento de Bárbara e com a SIC e chegou a escrever-se que a apresentadora não se mostra muito disponível para trabalhar em determinados horários e que a própria estação não tem formatos em que a sua presença se enquadre. O maestro Vitorino d'Almeida, com quem co-apresentou Duetos Imprevistos, na SIC, garante que o lugar dela é na cultura. "A Bárbara está longe de ser aproveitada. O caminho são os programas culturais. O Atreve-te a Cantar e este agora, por exemplo, não são formatos ao seu nível", refere. E o maestro vai mais longe: "Acho que um director que tem a Bárbara na equipa e não a sabe usar é como um treinador ter Cristiano Ronaldo sentado no banco. Nem sequer a têm posto a jogar no campo certo. É um desperdício tê-la a fazer brilharetes."

Bárbara é exclusiva do canal mas está longe de apresentar os resultados que se esperam de uma cara SIC. Mas Emídio Rangel defende que a culpa não é da mulher de Manuel Maria Carrilho, ex-ministro da Cultura. "Antes da apresentadora, o dinheiro é gasto com quem se faz o contrato do formato e na compra do mesmo. Depois a realização e por último a apresentadora", explica. Mas não é só o retorno que Bárbara pode dar ao canal que está em causa. A própria imagem da apresentadora pode estar em causa. "Não se percebe de onde vem o fracasso e acaba por se confundir a sua performance com o programa", diz o antigo director.

Francisco Penim vai ainda mais longe e explica que o próprio canal "não está a passar por uma boa fase" e que "não se pode esperar grandes audiências dos programas". A concorrência é feroz "e a apresentadora não faz milagares".

Bárbara começou a sua carreira em televisão na TVI, onde auxiliou Artur Albarran na condução do Novo Jornal e partilhou a apresentação do Último Jornal com José Carlos Castro. Seguiram-se os magazines Primeira Fila e 7.15 até que Emídio Rangel lhe endereçou o convite para ocupar a vaga de Catarina Furtado para conduzir o Chuva de Estrelas. Foi aqui que se iniciou o percurso na SIC, em 1994.

Vida profissional encaminhada, Bárbara viu-se envolvida em polémicas com a sua vida privada. Em 1997, casa numa praia em Punta Cana, República Dominicana, com Pedro Miguel Ramos. União que em 2001 causou mal-estar quando a apresentadora celebrou a sua relação com Manuel Maria Carrilho junto de amigos e família, pois se casasse com o actual embaixador português da UNESCO seria acusada de bigamia. A maternidade veio em 2004, com o nascimento do filho, Dinis Maria.

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